Bem-vindo a F.V. Bissoli

No dia 17 de junho a nossa CEO Dra. Flavia Vegh Bissoli, concedeu entrevista para rádio Justiça do Supremo Tribunal Federal sobre o tema: índice de morte em acidente de trânsito na pandemia.

A entrevista pôde esclarecer que com a redução no número de pessoas nas ruas, não apenas no Brasil, mas em boa parte do mundo, neste período de pandemia do coronavírus, foi possível perceber uma queda também nos índices de acidentes de trânsito.

Independentemente do nível de isolamento social que cada cidadão e Município estão adotando é certo que a sociedade como um todo está se deslocando menos e notório é constatarmos as calçadas e as faixas de tráfego cada vez mais vazias.

O impacto mais visível após as primeiras recomendações de isolamento social pelo Ministério da Saúde foi visto nas ruas, o movimento de pessoas, a pé ou em seus veículos diminuiu. Dessa forma, diminuiu também a exposição ao risco de se envolver em um acidente de trânsito e como efeito secundário, também auxiliou o meio ambiente, com índice menor de poluição nos grandes centros urbanos.

Queda do índice de morte por acidente de trânsito em cidades brasileiras

Houve uma queda expressiva no número de acidentes de trânsito constatada em diversas cidades brasileiras. Com isso, o número de mortes também diminuiu o que gerou um ganho substancial de vidas, algo que o Código de Trânsito Brasileiro sempre pregou.

A exemplo de algumas importantes cidades brasileiras, veja abaixo como foi essa queda:

> São Paulo

Na maior metrópole brasileira, onde a queda de tráfego de veículos particulares foi de 88,6% e diminuição no uso do transporte público em 64%, com a quarentena, as mortes no trânsito caíram 24% em relação ao mesmo período de 2019 (abril), segundo registros do Infosiga SP, sistema que gerencia informações de acidentes de trânsito do Estado de São Paulo.

No Estado, ainda segundo o Infosiga SP, a maior redução nas mortes foi entre pedestres, com uma queda de 43%. Também houve redução nas mortes em acidentes de automóveis, 17%.

Este foi o menor número registrado desde 2015, quando o Infosiga SP começou a fazer esses levantamentos, reunindo dados e informações quanto a acidentes de trânsito dos órgãos da Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal.

No entanto, vale ressaltar que houve um aumento de mortes de ciclistas e motociclistas. Com o aumento das entregas por aplicativos, mais gente passou a usar esses veículos, e por isso, mais acidentes também ocorreram.

> Rio de Janeiro

Houve queda também no Rio de Janeiro, ainda mais significativa que em SP, em 40% menos acidentes com vítima em todo o Estado, durante o mês de março/2020. Esse registro foi divulgado pelo Detran do Estado do Rio, em diversos portais de notícia.

Com essa informação, o Detran carioca está realizando uma campanha, com divulgações em sites, portais, blogs e redes sociais para que essa redução seja permanente, mesmo após a pandemia da covid-19.

> Porto Alegre

Já em Porto Alegre, os dados foram extremamente significativos. O número de acidentes de trânsito caiu mais de 80%. Uma informação de grande relevância para campanhas futuras de conscientização da população que sai às ruas, para se prevenirem mais.

No entanto, houve um aumento no número de infrações por conta do menor trânsito nessa Capital, com alguns motoristas que abusaram da velocidade e acabaram cometendo infrações de alta velocidade e de avanço no semáforo fechado.

Aqui cabe um alerta: Ruas mais vazias trazem a sensação de liberdade à pessoa e, por conseguinte, estimulam a falta de atenção e o excesso de velocidade.

> Curitiba

Essa tendência de queda também aparece em Curitiba. De acordo com o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran), nos últimos dias de março a queda foi de 46% dos acidentes, e de 40% dos feridos. O comparativo foi feito semana a semana, durante todo o mês de março, uma vez que houve redução do tráfego em 86,8% na Capital paranaense.

Queda no índice de acidentes também em outros países

Dados internacionais referentes a países que já têm um histórico maior em relação à pandemia da covid-19, divulgados pelo European Transport Safety Council (2020), apontam que o volume de tráfego reduziu entre 70% e 85% nas maiores cidades da Europa, porém os efeitos na segurança viária não são tão evidentes:

  • A Holanda relatou uma redução de 50% nas colisões no início do período de confinamento;
  • A Itália, com medidas mais severas de confinamento, relatou uma redução do número de mortes no trânsito da ordem de 70%;
  • Já na França e na Espanha, porém, reportaram uma queda menor no número de mortes no trânsito, da ordem de 40% e 47%, respectivamente.

Por outro lado, dados do Estado australiano de Victoria, indicam que o número de mortes no trânsito não diminuiu após à redução do tráfego (Jacks, 2020), sob a alegação de que os condutores estão excedendo mais os limites de velocidade.

Esse aumento da incidência de comportamentos de excesso de velocidade foi verificado também na Europa, por meio de relatórios emitidos na Bélgica, França, Reino Unido e Dinamarca (European Transport Safety Council, 2020), dito estudo foi divulgado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária.

O que podemos esperar com esses índices pós-coronavírus?

Certamente algumas mudanças. Uma delas seria a mudança na necessidade de se deslocar, muitos trabalhadores vão prosseguir no modelo home office, o que diminuirá o fluxo de pessoas circulando nas ruas e haverá uma adaptação de diferentes rotinas de formas mais sustentáveis, econômicas e seguras.

Para aqueles que precisarão se deslocar ao trabalho, local fixo e/ou motoristas comuns, deverão ter como exemplo a reflexão de serem mais solidários e utilizarem seus veículos de forma compartilhada com um familiar, vizinho e/ou amigo que seguem no mesmo itinerário.

Haverá maior número de trabalhadores e estudantes que se deslocarão de bicicletas, meio de transporte sustentável, seguro no sentido de se evitar aglomerações em transportes públicos e ainda traz benefícios à saúde por se tratar de uma atividade física.

Haverá também, um olhar diferenciado com maior valor à vida humana, se pensarmos em mortes seja em tempos de covid-19 e/ou no trânsito. Ou seja, o quanto é importante investir para a preservação da vida humana.

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